Com o acirramento da pandemia no Brasil, do dia para a noite se tornou sem sentido divulgar pautas empresariais no seu formato clássico – projeções de crescimento, eventos, lançamentos e índices de competitividade. Os veículos passaram a ter uma única e poderosa agenda, a COVID-19 e suas consequências. Nada mais lógico, nada mais compreensível. Porém, as empresas que mantinham interação permanente com a imprensa não devem deixar de tê-la, pois mais do que nunca as marcas estão sendo avaliadas por sua resiliência empresarial e participação social. A prática de contribuir com informações e porta-vozes, no entanto, acontece agora em outros termos, pois ninguém segue fazendo exatamente o que fazia. As pautas tradicionais deram lugar para informações sobre o que a empresa está fazendo para manter seus negócios, apoiar seus funcionários, atender seus clientes e ajudar a comunidade.

Agora, não são apenas os grandes feitos que importam. A singeleza, a criatividade e a autenticidade humanizam as marcas, e todos nós estamos precisando disso.

Por outro lado, o silêncio “até tudo terminar” não é um bom caminho. Primeiro, porque ninguém sabe quando tudo isso vai terminar; segundo, porque quem se omitir enquanto tudo isso acontece, é candidato a se tornar irrelevante depois. E se é um grande momento para ficar e participar, é também um bom momento para iniciar a interação com a imprensa. Basta que se tenha uma boa notícia para além das nossas portas ou um bom exemplo para ser comunicado.